quinta-feira, 23 de abril de 2020

Covid19 mata ou divide um país?


O Covid19 dentre todas as suas virulências possui uma tão danosa quanto todas suas demais morbidades. Esta, porém, é pouco conhecida, se bem que é muito mais visível do que ele próprio, mesmo a olho nu. Ao incidir num país chamado Brasil, já enormemente dividido, ele mesmo, vírus, pôde perceber sua virulência que ele mesmo desconhecia. Revelou sua imensa capacidade de dividir mais ainda, o que já se encontrava dividido. O catalisador disso era sua própria ação no substrato humano, politico, vaidoso, desumano, insensível ao sofrimento humano, apregoando conhecimentos que não possui. Isola, põe máscara, não isola, economia é mais importante que a vida, ciência não sabe nada de finanças, máscara de pano ou papel, quando será o pleito? é importante se apresentar como aquele que derrubou o corona, os jornalistas não sabem o que falam... Felizmente o Corona tem um lado benéfico que também poucos conhecem, mas que ele, Covid19, sabe. Quando ele for embora ninguém jamais saberá se houve algum vencedor. Será ele mesmo, virus, pois ele sabe que, neste momento, todos verão que nasceu um mundo melhor.

Publicado no facebook em 21/04/2020

Tchau Covid


Todos não vemos a hora que Corona nos deixe. Muitos não vêem a hora por razões politicas ou econômicas. Para estes últimos me recordo do velho dito popular "o que os olhos não vêem o coração não sente" Não existe grana para dar um Microscópio a cada um que pede o fim do recolhimento por interesses escusos.. Se pudéssemos fazer isso talvez mudassem a postura. Como não se pode, por favor acreditem na ciência, seria um ato até de humildade. A ciência em saúde tem a visão na manutenção da Vida. Não há segundas intenções. Tal postura é própria de maus políticos. Nos bons podemos acreditar, mesmo sem microscópios para ver. Apesar de serem raros.
Postado no Facebook em 15/04/2020
Cléo Uberreich, Davi Uberreich e outras 52 pessoas
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terça-feira, 31 de março de 2020

SE O COVID19 FALASSE....


- em 11 de setembro de 2001, num piscar de olhos, vocês mataram mais de 3.000 pessoas, e... eu apenas observei!
- milhares de inocentes crianças deixaram para trás suas casas, fugidas com seus pais ou sós, de uma guerra motivada pelo ódio racial e ganância e que se prolonga até os dias atuais...e eu apenas observei!
- um avião solitário levava eu seu bojo um vírus mortal, fabricado pela capacidade humana e que, após ativado num lindo cogumelo de fogo, fez desaparecer duas cidades e seus habitantes...e eu apenas observei!
- inocentes, que correram de fanáticos matadores que exibiam seus programas macabros de matar à frente de câmeras de celulares ou de TV, fugiram de seus países e suas casas, as mesmas casas-abrigo que para vocês hoje torna minha ação menos letal ou até mesmo curativa... e eu fiquei apenas observando!
- há pouco tempo a ganância de vocês, os fez praticar com o pleno conhecimento do mal que poderiam causar, e não terem impedido que ele ocorresse, originou um rio viscoso de lama que sepultou vivas dezenas de criaturas, muitas ainda hoje sem a dignidade de um repouso tranquilo e sem a presença de seus entes queridos e...eu apenas observando!
- todos vocês ganharam o lar Terra, cuja beleza é indiscutível, construída por uma engenharia que a maioria até desconhece ou finge desconhecer a assinatura, talvez porque é impossível de ser reproduzida e recriada, e vocês impunemente se envolvem na sua destruição,  sem reconhecer que seus próprios atos os estão destruindo. Moradores que ganharam tal presente adquiriram também a arrogância de se auto-denominarem como única espécie dotada de inteligência...e eu só observando!
- há quase um século, milhões de seres integrados na vida do planeta, foram enganados ao serem conduzidos a locais que  aparentemente serviriam para que lá exercessem suas úteis qualidades, caminharam para a morte indigna devida um plano engendrado por criaturas dominadas pelo egocentrismo e pelo ódio...e eu pacientemente apenas observando!
Neste momento do planeta eu, sufocado pela somatória de tudo que observei, saio do meu anonimato e observo se o ser humano tirará alguma lição de tudo o que presenciei, e do que provoco e o estímulo a ver, pois o que se vê poderá dar novos rumos à vida neste minúsculo presente recebido, quando comparado a imensidão que cabe também a vocês compreenderem e decifrarem. 
Será talvez pelo fato de ser eu apenas observável pelas lentes microscópicas dos cientistas, que vocês ainda acreditarão que eu e o construtor de tudo, até de mim, não existimos? 

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Uma salada Suprema



O STF debateu hoje a questão de quais os Medicamentos que devem, ou não, serem pagos / distribuídos pelo Governo. Com todo o respeito que o SUPREMO me merece, já que é um dos três Poderes do Estado Brasileiro, permitam-me, como pro/fissional desta área, exatamente a da questão de hoje, dizer que os debates misturaram diversos aspectos, se bem que todos

pertinentes aos MEDICAMENTOS, de um modo que torna impossível qualquer decisão conclusiva, como por exemplo o que é sem ou com registro (a legislação exige registro com exceções), o que está em pesquisa clínica e em qual fase desta (I, II, III ou IV), se o medicamento já possui registro nos países de referência, o que a RENAME já regulamenta ou não, o que o SUPREMO considera similar (a indicação terapêutica ou o componente ativo), omitiu a questão das patentes que precisam ser negociadas - vide exemplo dos antivirais no coquetel para tratamento da Aids e, finalmente, as medicações de Alto Custo, muitos dos quais já são distribuídos de acordo com alguns critérios, alguns dos quais estaduais. Assim, o STF se envolveu em uma enorme e indigerível salada de frutas, que só poderá ser palatável caso introduza na discussão ou no suporte básico, profissionais que reúnam méritos para isto, em especial das áreas de Farmacologia, Clínica, Regulatória de Vigilância Sanitária, de Pesquisa Clínica, de Legislação e Produção Farmacêutica tais como Médicos, Farmacêuticos, Bioquímicos, e outros.

terça-feira, 24 de julho de 2018

E agora, Neymar?


Desculpem meu o atrevimento. 
Acordei com lampejos de Drummond.
Pedindo perdão ao próprio, Carlos Drummond de Andrade, pergunto:
E agora, Neymar?

  A Copa acabou,
a festa findou.
O Brasil não ganhou.
você não brilhou, você só rolou,
queria fazer gol, mas de todos só zombou.
A luz apagou,
o  povo sumiu.
Sem título, sem faixa, sem taça ficou.
Pra Paris embarcou.
agora só vê campeões, só você sem taça, 
seu sonho evaporou.
Você que tem pouca idade, uma enorme capacidade
mas uma imensa vaidade.
E agora, Mbappé, Pelé?
Pelé? Sim, Pelé,
aquele que, sim, foi craque, modesto,
e que, dele, você, ainda, nem chega ao dedão do pé!
fotos armazém de texto blogspot /esporte ig 

quinta-feira, 3 de maio de 2018

UMA VIDA


Estamos vivendo as emoções angustiantes de um incêndio em um edifício situado em área longinquamente nobre de São Paulo,
Vários tipos de rescaldo puderam ser percebidos entre os escombros fumegantes. O verdadeiro deles é, obviamente, aquele que está sendo executado pelo trabalho heróico  dos bombeiros em tudo o que o fogo devorador lançou abaixo. Vinte e tantos andares de alguma coisa que muitos teimam em chamar de edifício ruíram. Mas, com todo o respeito, este é o trabalho deles e de cuja eficiência não nos cansamos de enaltecer.

(fotos Veja e Folha de São Paulo respectivamente)

Pululam no ocorrido outros rescaldos de espécies sobejamente conhecidas que, porém, teimam em ficar fumegando eternamente neste Brasil.. Situam-se neste tipo de teimosia, o deficit de moradias, a pobreza crônica de um país que classifica direitos humanos por classe sócio-econômica, o desrespeito ao acervo cultural das cidades, a falta de cultura, a falta de fiscalização, a especulação imobiliária, o descaso. 
No entanto, em meio ao fumacê surgiu, em destaque, algo virtuoso. O valor de uma vida.
A cena ficará na história de um incêndio e de uma cidade. Uma corda sustentava a vida de um ser humano que se percebia liberto das labaredas que o devorariam. Apesar da fumaça e do calor, já respirava os ares da liberdade que o conduziria a outro tipo de luta, a da sobrevivência de um sem teto. A poucos metros dele um herói o observava, quase como um artista ao apreciar sua obra. Faltavam apenas algumas pinceladas para a conclusão de sua obra. O personagem do quadro já tinha até nome. Ricardo.
No entanto, a labareda do descaso de quem deveria cuidar, mostrou suas garras. E aquela vida e aquele prédio ruíram nas estruturas desgastadas pelo tempo sem manutenção. 
A luta para manter aquela vida colocou em evidência o seu contraste com as chamas devoradoras que diariamente vemos serem criadas no estopim que torna sem nenhum  valor a vida humana, e sempre desatam os nós que fragilmente seguram vidas preciosas.    Téo - 03/0/18